quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Alexandrinos II - Segunda parte


De frente para o abismo enxugou sua face
Dessas gotas de sangue e ódio que o marcavam
Sem mais ter asas que o antigo céu lembrasse
Sem mais visão do céu nos olhos que buscavam
Eis o fim, derradeiro, eis seu fim em seu ápice

"Se seis foi meu início, os seios que tocavam
Seis há de ser também meu fim ao precipício
Seis hão de ser, porém, as pragas aos que ficam!"
Com a língua ferina, aos seus no sacrifício
Feriu com a palavra aqueles que o cercavam

----

Depois de um bom tempo sem retornar a escrita no blog, eis que a releitura me motivou a dar continuidade, ainda que sem promessa, do que estava sendo escrito. Dois quintetos, então, da segunda parte desse poema começado ainda no ano passado.

2 comentários:

Ritz disse...

Erik... parabéns pelo blog e principalmente pelo seu conteudo..ler esses escritos nos levam, de forma densa e suave ao mesmo tempo, a imaginar o contexto, o ambiente..as circunstancias...adorei!
Bjkss.. Ritz!!!

junior disse...

Oi Erikson,
Fico feliz que tenha retornado a escrita por aqui. Como já te disse, não sou especialista, mas acho a lingua portuguesa linda e gosto muito do seu blog. Parabéns.
Um abraço