Por deleitosas curvas passeiam meus dedos
E encontro em alvo busto teus belos segredos
Se por demais eu subo em ousado passeio
Afago-lhe os cabelos sem qualquer rodeio
Em madeixas morenas me perco e me enredo
Tal qual onda no mar indo contra o rochedo
Sobre teu corpo amável, sedento me arqueio
Para aspirar o cheiro que emana teu seio
A minha língua dança por tua tez tépida
Doce o gosto salgado do suor que é teu
Preenche em profusão todos os meus sentidos
O contato molhado com a boca úmida
O arrebatado encontro do teu corpo e meu
Ao êxtase me levam em leves gemidos
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P.S.: Eis aí uma tentativa inicial de brincar com um soneto em sua forma clássica, tendo versos alexandrinos em sua composição. É a primeira vez que me arrisco com essa métrica, e acho que não saíram alexandrinos muito ortodoxos.
Qual o limite entre ser e "não ser humano"?
Há 2 semanas
2 comentários:
adorei, sempre foi de meu gosto sonetos quanto mais ao referido assunto hahahahaha. e quanto as regras alexandrinas, não se apegue aos erros sendo eles, em meio a beleza, imperceptíveis por muitos.
Obrigado pelas palavras. Mas insisto na forma, mesmo que passe desapercebida, pois é ela quem compõe o belo do poema! =-)
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