segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Noite estrelada

No decorrer de noites tão nubladas
E dias infindáveis e sombrios
Permanece cinzenta a orbe apagada
Por um fino chuvisco triste e frio

Nem mesmo a primavera anunciada
Pôde por fim trazer ao céu o estio
Deixando as tenebrosas alvoradas
E os ocasos ainda mais vazios

Enfim, cessa o domínio de vil nuvem
Enfim, escorre no ar réstia estelar
Que enche de fulgurante brilho o olhar

Banquete luminoso aos olhos servem
E põem a esfera célica a brilhar
Trilhando o céu estrelas e luar

4 comentários:

Carol e Erik disse...

Espero que as nuvens deixem cintilar as estrelas para teu olhar iluminar!
Oh meu amor, que egoísmo o meu quer-te feliz só para deleite meu...

Anton disse...

Apaixonante são as diferentes anunciações da natureza, as boas para valorizarem a vida e as más para valorizarem as boas.
Soneto, muitas sílabas fiéis quantitativamente em cada verso

Ben-Hur Correia disse...

Muito bom o blog Erikson.
Os poemas são, no mínimo, intrigantes, eheh

abraço

PS: sou o amigo do Patrick, o Ben-Hur

Erikson disse...

Agradeço o comentário - e vou tomar o intrigante como elogio, hehehhe.
Abraços!